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Alices, em cartaz no Sesc Pinheiros até 13/12, parte de um encontro inusitado para denunciar a violência de gênero

Alices estreia no Sesc Pinheiros com narrativa poderosa sobre feminicídio, violência de gênero e acolhimento feminino. Espetáculo de 13/11 a 13/12.

Como uma resposta aos elevados índices de feminicídio no Brasil – só em 2024, o país registrou 1.500 casos levantados pelo LESFEM (Laboratório de Estudos de Feminicídios) – a peça Alices surge para alertar sobre o tema e a necessidade de criação de políticas públicas contra a violência de gênero. A temporada de estreia acontece de 13 de novembro a 13 de dezembro, no Sesc Pinheiros, com sessões de quinta a sábado, às 20h30. O espetáculo tem dramaturgia de Jarbas Capusso Filho, direção de Joana Dória e atuação de Nicole Cordery e Fábia Mirassos.

Com uma atmosfera onírica, a peça acompanha o diálogo entre duas mulheres desconhecidas chamadas Alice em um lugar indefinido e à espera de não se sabe quem. Aos poucos, elas revelam suas histórias e o que ambas têm em comum para além do nome.

Ao público, recomenda Jarbas Capusso Filho, cabe olhar para essas situações apresentadas pelas personagens e julgá-las com um olhar crítico. “Pretendo com isso que o público questione a realidade social e as injustiças. Com o realismo fantástico, pretendo alcançar uma narração de eventos sociais para provocar a crítica e a análise dialética, não apenas na identificação emocional. Penso que o feminicídio e a violência de gênero pedem uma análise crítica com distanciamento passional, o que não interdita a emoção, mas a traz com pensamento crítico”, acrescenta o autor.



Para a diretora Joana Dória, a dramaturgia “leva em conta histórias e dados reais, mas propõe uma construção ficcional que busca a conexão com o público e introduz o tema aos poucos. A atuação de Fábia Mirassos e Nicole Cordery é, junto ao texto, o centro do trabalho e nos conduz pelos diversos tons que a dramaturgia articula: absurdo, humor, densidade emocional, distanciamento crítico”.

A encenação cria esse “não-lugar” proposto pelo texto como uma instalação cênica. “Essa instalação procura ao mesmo tempo denunciar a presença indigesta e cotidiana do feminicídio na sociedade brasileira, informar e conscientizar o público sobre a questão, valorizar ações de luta e criações artísticas de resistência e também, de algum modo, honrar a memória de tantas mulheres que perdemos para o feminicídio em 2025 no Brasil. São referências diretas e citadas por nós os trabalhos da artista cubana-americana Ana Mendieta, da artista mexicana Elina Chauvet e da artista brasileira Rosana Pauli”, acrescenta a diretora.

A amizade feminina e o acolhimento entre mulheres é um dos temas centrais da peça para a atriz Nicole Cordery. “As duas Alices se conhecem nessa espécie de limbo e se escutam com muito respeito e atenção. E a cura passa por esse acolhimento. Numa sociedade que ensinou as mulheres que elas deveriam se calar e se sujeitar à violência masculina, nossa peça vem demonstrar o oposto. Precisamos falar e nos acolher, umas às outras, sem qualquer julgamento”, diz.



Já para a atriz Fábia Misassos a força da peça está na forma como a história é contada. “Embora esse assunto nos amedronte cada vez mais, o trabalho tem uma abordagem sutil, com humor, leveza e força, em uma narrativa que não é convencional ou panfletária. Além disso, a direção da Joana traz uma abordagem muito sensível, com foco em momentos quase cinematográficos, nos quais o silêncio possui grande significado.”, revela.

Sobre Joana Dória – idealizadora e diretora

Joana Dória é encenadora, atriz e professora de teatro. Ela é mestre em Artes Cênicas pela ECA-USP (2018), formada em Teatro na Escola Célia Helena (2004), bacharel em direção teatral prla ECA/USP (2008) e fez Pós-Graduação Lato Sensu em Direção Teatral da Escola Superior de Artes Célia Helena (2013). Além do Brasil, realizou trabalhos artísticos na Alemanha e na Itália. Recebeu Prêmio de Melhor Atriz no Festcine Itaúna – (2022) pelo curta A outra; foi indicada ao Prêmio Aplauso Brasil (2019) na categoria de Melhor Elenco pela peça CHERNOBYL e na categoria de Melhor Atriz no MADRI INDIE FILM FESTIVAL (2021) pelo filme “(re)começo”.

Entre seus trabalhos como diretora, estão “Não fossem as sílabas do sábado”, com dramaturgia de Liana Ferraz (Prêmio Shell de Dramaturgia pelo espetáculo) a partir do livro homônimo de Mariana Salomão Carrara (2024); a codireção de “As mulheres dos cabelos prateados” (2022), junto a Georgette Fadel e Ave Terrena; “Garotas Mortas”, da Coletiva Palabreria, a partir do livro de Selva Almada (2022); e “JAZ”, de Koffi Kwahulé, solo de Sofia Boito com performance vocal de Ligiana Costa (2019 e 2022).

Sobre Jarbas Capusso Filho – dramaturgo

Jarbas Capusso Filho é dramaturgo, roteirista, diretor e psicólogo. Escreveu as peças “Na
Hora do Adeus”, direção de Marcus Tardin (2018); “Alices”, direção de Leo Gama (2016, 2017); “A Noite em que Blanche DuBois Chorou Sobre a Minha Pobre Alma”, direção de Renato Andrade (2014, 2015); “Comédia Sob Medida”, direção Coletiva (2013); “Feliz Natal!”, direção de Renato Andrade (2011); “A Gente Se Vê Por Aí”, direção de Renato Andrade (2010); entre outras. Recebeu o Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos de 2001 (1º lugar, Nacional) por “Tão Longe”.

Ficha Técnica

  • Idealização e Direção: Joana Dória
  • Dramaturgia: Jarbas Capusso Filho
  • Elenco: Fábia Mirassos e Nicole Cordery
  • Assistência de Direção: Madu Arakaki
  • Desenho de Luz: Henrique Andrade
  • Trilha Sonora Original: Pedro Semeghini
  • Músicos: Camila Mirelli da Silva Rodrigues (violino), Daniel Sousa Lima (violoncelo), Guilherme Rodrigues dos Santos (violino) e Mylena Cavalcanti Lima (viola)
  • Cenário e Figurino: Joana Dória
  • Assistência de Cenário: Madu Arakaki
  • Visagismo: Fábia Mirassos
  • Operação de Luz e Som: Giovanna Gonçalves e Henrique Andrade
  • Fotos: João Caldas
  • Comunicação Visual: Manuela Afonso
  • Assessoria de Imprensa: Pombo Correio
  • Produção Executiva: Madu Arakaki
  • Direção de Produção: Carol Vidotti

Sinopse

Duas mulheres desconhecidas, ambas chamadas Alice, encontram-se em um lugar indefinido à espera de não se sabe quem. O diálogo entre elas revela aos poucos suas histórias e também o que mais as duas têm em comum além do nome.

Serviço

  • Alices, de Jarbas Capusso Filho, com direção de Joana Dória
  • Temporada: 13 de novembro a 13 dezembro de 2025*
  • De quinta-feira a sábado, às 20h30.
  • Nos feriados dos dias 15/11 e 20/11, a sessão acontece às 18h e, no dia 28/11, haverá apresentação às 16h e às 20h30
  • Sesc Pinheiros – Auditório – Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
  • Ingressos: R$15 (Credencial Plena), R$25 (meia-entrada) e R$ 50 (inteira)
  • Vendas online: sescsp.org.br
  • Capacidade: 100 lugares
  • Classificação: 14 anos
  • Duração: 60 minutos
  • Acessibilidade: teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. *Nos dias 21 e 22/11, há tradução em Libras

Sesc Pinheiros

  • Rua Paes Leme, 195, Pinheiros – São Paulo (SP)
  • Horário de funcionamento: Terça a sexta: 10h às 22h. Sábados: 10h às 21h. Domingos e feriados: 10h às 18h30
  • Estacionamento com manobrista

Como Chegar de Transporte Público: 350m a pé da Estação Faria Lima (metrô | linha amarela), 350m a pé da Estação Pinheiros (CPTM | Linha Esmeralda) e do Terminal Municipal Pinheiros (ônibus).

Acessibilidade: A unidade possui rampas de acesso e elevadores, além de banheiros e vestiários adaptados para pessoas com mobilidade reduzida. Também conta com espaços reservados para cadeirantes.

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